agora dou valor as pessoas que nunca liguei, agora dou valor aos conselhos que nunca dei .
Agora (…) somos apenas tu e eu; e o nos que nunca existiu morreu em mim e seguiu para a minha colecção infinita de sonhos que ainda estão por sonhar, pesadelos que me fazem ficar sem ar atormentam cada noite mal dormida.
Junta-se a força que não existe, com a pouca que há a vaguear na mente pobre que possuo, um dia o pesadelo de á meses tinha de se tornar na realidade cruel que a vida gosta de nos oferecer sem piedade do coração que ainda não sarou as feridas profundas que sofreu.
Sou inocentemente estúpida, caio sempre na mesma asneira e no mesmo erro que se torna fatal á vida inocentemente vivida; parece que as horas não passam, parece que estou a caminhar vagarosamente para a morte que se avizinha, para o sujeito mal encarado que um dia me irá bater á porta e eu nesse momento não quero estar em casa (…)
Olho ao meu redor e não há nada, um quarto com quatro paredes, tudo de branco e azul , minimamente uma imagem aterradora a uma sonhadora nata, sonhadora essa que sempre serei mas metade dos sonhos nunca irão ser realizados (não tenho margem de manobra para tal coisa).
Sentada sobre a areia molhada de uma praia deserta, ouço as ondas e espero que chegues como sempre chegas-te, mas não chegas e uma lágrima solta-se, uma lágrima á muito presa e adiada para este dia; e sou julgada e apontam o dedo, mas enquanto aqui estiver, neste meu refugio tudo estará bem, no meio de rochas infinitas até as lágrimas secarem e o mundo se esquecer de mim (…)
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